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Tatuei meu corpo e não o meu caráter...


Se você parar para pensar, fazer uma tatuagem e terminar um namoro indesejado são coisas bem parecidas. Ambos os processos são dolorosos, mas se você tiver certeza daquilo que quer, o resultado irá te agradar bastante e tudo terá valido a pena. Sem falar que você sempre terá algo para lembrá-lo de sua decisão: sua tatuagem e seu ex. Infelizmente, assim como as tatuagens, os ex-namorados são para sempre e é uma pena que não exista nenhuma cirurgia a laser que os remova de sua vida. Mas, fazer o quê? C'est la vie.


Bom, mas sim, fiz uma tatuagem e estou feliz com ela, apesar de dizerem que ela parece tatuagem de Doritos. Não ligo. Gosto muito desse símbolo e acho o significado dele muito interessante, adoro os celtas. Até aguentei uma bronca da minha ex-chefe me dizendo o quanto eu sou idiota por marcar meu corpo com algo indelével e o quanto eu iria me arrepender. Quem sabe um dia eu me arrependa? Mas sinceramente, eu teria me arrependido muito mais se tivesse deixado de fazer uma coisa que eu queria muito, e sobre a qual eu tinha refletido bastante, por medo de estar tomando a decisão errada (e isso também se aplica a fins de namoro, vale salientar). Enxeram tanto a minha cabeça de absurdos, que no dia em que fui fazer a minha tatuagem eu estava tão nervosa por possivelmente estar arruinando minha vida para sempre, me tornando uma desempregada crônica e marginalizada socialmente, que mal consegui aproveitar o momento. Bem, quer saber? Quando terminou, eu olhei para ela e pensei "ainda bem que eu tive coragem". Sinceramente, não há nada demais em fazer uma tatuagem, se esta for uma decisão bem ponderada. Ela não irá alterar o seu caráter, nem fazer você ser mais hippie, menos responsável, mais sujo, menos capaz de trabalhar, nem nenhuma dessas idiotices. Sim, minha tatuagem é pequena e até agora não me causou nenhum problema, mas... Mas... Mas... Esse preconceito todo que as pessoas tem com quem se tatua ou coloca piercings me incomoda bastante. E não é só porque eu tenho os dois. Não mesmo. Já me incomodava antes.


Tem gente que tem medo de pessoas tatuadas, pois eu tenho medo é de um dia vir a ser como uma dondoca cabeça oca que chegou para mim um dia e disse, com carinha de nojo, depois de dar uma boa olhada na quantidade de brincos que eu carrego nas orelhas: Hehe... Ehr... Isso não dói, não? Bem, de qualquer forma, ainda bem que você não é morena...


Eu sei que eu sou mais branca do que uma folha de ofício, mas quero saber qual seria o problema se eu fosse morena. Eu iria parecer o quê? Uma maloqueira? Favelada? Foi isso que ela quis dizer? Só porque eu tenho muitos brincos? Quer dizer que uma pessoa "morena" não pode ter muitos brincos? Essa senhora foi preconceituosa em vários níveis que meu intelecto não consegue alcançar.

Eu acho engraçado, hoje em dia se adora falar em preconceito: preconceito étnico, preconceito religioso, preconceito entre classes sociais, preconceito do gato contra o passarinho... E todo mundo concorda que preconceito é uma coisa errada, que não se deve julgar as pessoas por sua aparência ou poder aquisitivo. Todo mundo enche a boca para dizer "Eu não tenho preconceito!". Mas no final das contas, todo mundo é preconceituoso e hipócrita, se você quer saber. Até mesmo eu que estou aqui com esse blá blá blá infinito. Eu admito os meus, tenho preconceito contra quem gosta de forró, não curte vídeo games e acha que bichos são a pior praga que já pisou na Terra (eu particularmente acho que o único bicho que se inclui nessa descrição é o ser humano), devo ter vários outros que nem eu mesma consigo identificar. Mas ei, eu consigo conviver com essas pessoas e respeitar as opiniões delas, mesmo que eu não concorde. Jamais iria rejeitá-las numa entrevista de emprego, tratá-las mal ou excluí-las de alguma forma, a menos que elas se mostrassem pessoas de má índole realmente (o que eu acho bem possível vindo de uma pessoa que curte forró, não gosta de animais e nunca joga vídeo game, mas quem sou eu, afinal?). No fim das contas, eu acho que o ponto chave de tudo é esse: respeito. Então galerinha, vamos brincar do jogo da vida: eu cuido da minha e você cuida da sua. Grata.

...Apesar de possuir alguma ligação.


Vai ficar falando de novo sobre o quanto você é uma pessoa fria e sem sentimentos que acha que todo mundo que se apaixona é retardado?

Eu não vou falar sobre isso e eu não acho que todo mundo que se apaixona é retardado, leia o post anterior e se informe antes de vir enxer meu saco. É só que eu estava pensando a respeito de uma coisa...

Pôxa, sério? Que legal saber que você pensa as vezes...

Amham, haha, muito engraçado. Pois é, de vez em quando eu penso. E aliás, você tocou em um ponto interessante do que eu pretendia falar, coisa que talvez eu consiga se você fizer o favor de ficar quieto e para de pentelhar.



Tá, tá bom... Parei, parei... Sobre o que você queria falar, Ice-queen?

Justamente sobre isso. Muita gente me acha fria, até mesmo intimidadora, com relação a toda essa coisa de romance e tal... Quanto a intimidar as pessoas, bem, eu nem sabia que eu fazia isso até umas três pessoas comentarem a respeito. Sendo assim, saiba que eu não faço de propósito. Com relação a ser fria... Cara, eu sou simplesmente sincera. Quando eu não quero uma pessoa, eu não aliso, eu não dou esperanças. Não gosto quando as pessoas me iludem e, portanto, faço de tudo para não fazer o mesmo com os outros. Eu acho muito, mas muito mais cruel prender uma pessoa a você através de falsas esperanças do que simplesmente deixá-la livre para seguir em frente. Porém, é verdade que as vezes eu raciocino demais e acabo escondendo meus próprios sentimentos... Será que isso pode ser chamado de frieza?

Talvez sim, eu acho...

Também não gosto de achar que meus sentimentos vão incomodar outra pessoa, por isso, muitas vezes eu prefiro guardá-los para mim... Talvez porque eu me incomode com a insistência de certas pessoas e não queira agir da mesma forma.

Você realmente pensa assim?

Sim, penso. Provavelmente o que eu sou mesmo é covarde, eu nunca conseguiria me declarar para ninguém sem ter absoluta certeza de que a pessoa sente o mesmo por mim. Eu não gosto de me sentir vulnerável, não gosto que sintam pena de mim. Na verdade, eu odeio. É muito mais seguro não gostar de ninguém ou fingir não gostar, embora as vezes eu não consiga esconder tão bem assim...

Falando assim até parece que você está apaixonada e tem medo de dizer...

Mas o pior é que eu não estou, não. Aliás, prefiro que continue assim... Minha vida fica muito mais livre de problemas, muito mais leve. Porque é isso que se apaixonar significa para mim (estou falando de mim, unica e exclusivamente de mim): problemas e angústia. É péssimo precisar de outra pessoa para se ter aquilo que se deseja, por isso, prefiro não desejar.

Você parece muito amargurada, isso sim.

Só que eu não sou. Acho que já disso isso antes, mas não tenho despeito nem vivo sofrendo por não ter alguém. Eu sou feliz, de verdade. Gosto muito de ter tempo para mim, de não precisar viver dando satisfação para ninguém, enfim... Um namorado é uma coisa que eu nunca tive, logo não faz falta na minha vida.

Aiai... Você é estranha, mas acho que te entendo um pouco...

Morte ao cupido!


Minha priminha de 10 anos estava aqui em casa durante essas duas últimas semanas e a pergunta mais freqüente que ela me fazia era "por que você não tem um namorado?". Minha resposta sempre era "Bem, para começar: porque eu não quero um. Pelo amor de Deus, vá BRINCAR."

Velho, falando sério? As pessoas supervalorizam essa história de namorar, encontrar alguém para passar o resto da vida e blá blá blá. Eu acho que eu não poderia ligar menos para esse tipo de coisa... minha mãe até me chama de coração de pedra, porque tudo o que ela mais queria era um genro. Bem, mãe, pode esperar sentada para não cansar. Sinceramente, tenho muita coisa melhor para fazer... tenho uns 70 livros não-lidos na minha estante, vários jogos de video game para zerar, viagens ao redor do mundo para fazer, festas para ir e me divertir, músicas para ouvir, estudos e uma futura profissão para me dedicar. Ache deprimente o quanto quiser, seu ser movido pela necessidade de ter um romance na vida, eu juro que eu não ligo e não estou falando por despeito. Acredite, eu tive muito tempo para observar as outras pessoas, gente que perde a própria personalidade para assumir outra sem-graça, babona, melosa e subordinada a outra pessoa. Ou ainda aqueles velhos dramas "oh, eu gosto dele mas ele não é a pessoa para mim, o que eu faço?" "oh, esta relação não me faz bem... Meu Deus e agora?"... Bem, eu te digo: acabe essa porra e vá viver, desempate sua vida e a da outra pessoa.
Hahaha... Falando assim até parece que eu acho todas as pessoas apaixonadas idiotas... Bom, as vezes elas são, mas nem todas. É claro que eu admito que deve ter seu lado bom ter alguém para gostar... não acredito que o mundo inteiro seja pura e simplesmente masoquista. O que eu estou tentando dizer é que eu não quero esse tipo de coisa para mim. Nem agora e nem em um futuro próximo. O engraçado é que, por mais que eu não queira, sempre aparecem uns caras avulsos na minha vida... Tipo um doido que trabalhava numa loja a qual eu ia com freqüência:
Quando ele foi fazer meu cadastro na loja tive que fornecer meu e-mail, daí ele perguntou se poderia me adicionar no msn. Até ai tudo bem, correto? Tá, não gostei muito da idéia, mas deixei ele me adicionar. Eis que um belo dia lá estou eu, pimpona e serelepe, no msn e esta criatura se declara para mim. Ah tá, claro, claro que você me ama. Nunca tinhamos nos visto fora da loja e eu só conversava com ele de vez em nunca pelo msn... pff... Para começo de conversa, ele não poderia gostar de mim pelo simples fato de não me conhecer. Por msn não se conhece ninguém (inclusive porque eu conversava com ele de super má vontade e ele não notava, tá ai a prova) , nem por conversas de três segundos enquanto se paga a mercadoria no caixa. Esse tipo de coisa é muito estranha, as pessoas idealizam as outras e se apaixonam por uma idéia: /comofaz?
Não me entendam mal, eu não estou me achando dizendo que sempre tem um bando de caras atrás de mim aos quais eu saio dispensando. Só estou falando que infelizmente me aparecem esses malucos com uma freqüência maior do que a que eu tenho saco para aguentar. Eu só queria que me deixassem quieta no meu canto... ou pelo menos menos sentissem minhas ondas cerebrais invisíveis de "Vá se foder, não tá vendo que eu tô de saco cheio já? :D".


Eu realmente queria saber o que anda acontecendo com as pessoas ultimamente. Aliás, não sei se é só ultimamente ou se esse tipo de coisa sempre aconteceu e eu é que só estou notando agora. Mas aparentemente as pessoas perderam toda a noção. Sério. Primeiro o querido síndico do meu condomínio, aliás ex-síndico. Inclusive ai é que reside o problema, ele acha que porque foi síndico uma vez, agora o cargo é dele pra sempre, não só o cargo, o condomínio inteiro. Eu desconfio seriamente de que ele planeja dominar o mundo qualquer dias desses... Me digam qual é a graça de você ser síndico? Todo mundo enche seu saco, e, a meu ver você só ganha um monte de preocupações extras. Mas parece que ele gosta, provavelmente deve ter motivos escusos... Sei lá, tipo passar a mão na grana que a gente paga pro condomínio, vai saber, é a unica vantagem que eu consigo imaginar. Mas sério, que coisa tosca. Ele parece até um vilão de filme trash barato de quinta categoria: "Hoho, o condomínio será meu! SÓ MEU! MUAHAHAHAHA!". Pff... Grande, e aí você vai fazer o quê? Expulsar todo mundo e morar aqui sozinho? Instaurar a Era da Ditadura no Condomínio? Escravizar a galera para atender a todos os seus caprichos? Me poupe. Procure um objetivo maior na vida, ou uma ocupação mais interessante, tipo ver a grama crescer. As vezes eu acho que os adultos são mil vezes mais idiotas que os jovens. Só as vezes, porque ai me vem uma criatura como esta: o animalzinho deve ter por volta dos seus 15 anos, não tem o que fazer e resolveu encher o saco dos outros. Eu nem deveria me importar na verdade, mas para ser sincera, não sei se acho graça ou fico com raiva. Foi uma coisa bem idiota. Existe um site de relacionamentos chamado Skoob, que se parece com um híbrido entre o LastFM, o Filmow e o Orkut, só que de livros. Lá você pode por em sua "estante" os livros que você já leu, aqueles que você ainda quer ler, os que você abandonou, os que está relendo, sua meta para o ano, etc. Você também pode criar grupos, que funcionam basicamente como as comunidades do Orkut. Pois bem, minha amiga criou um grupo chamado "Skoobers RN" e eis que me aparece um retardado e cria um grupo igual. Como se não bastasse, ele pede para que o grupo dele seja associado e divulgado no grupo da minha amiga, coisa que ela fez com a maior boa vontade. Não estando satisfeito, o ser energúmeno começou a promover o próprio grupo fazendo propaganda negativa do grupo dessa minha amiga. Aqui vai um trechinho para o deleite de vocês, esta foi a resposta que ele me deu quando eu perguntei qual era a diferença entre o grupo que ele havia criado e o grupo da minha amiga:


"O grupo skoobers rn não tem muitas discussões e debates interessantes, tem muitos topicos mas, não necessariamente importantes e uteis, no sentido de ter uma intenção comunicativa, entende?
Além disso, vc deve estar pensando "por que não complementa esse grupo mesmo?" bem, eu estou online todo dia utel, pronto para atualizar o grupo, as conversas, os debates, etc, por isso preciso ser necessariamente um moderador.

Ai vem outra pergunta "pessa pra ser moderador
"
nesse caso eu gostaria de excluir alguns topicos pendentes deste grupo, não por maldade, mas por outras questões.
O grupo "Skoobers (RN)" é o maior e mais completo grupo do Skoob tipo skoobers UF. Um conjunto de debates assemelhado e incorporado as melhores discussoes de cada grupo skoob, isto é, tem um pouco de cada grupo.

Espero ter ajudado!"

Tá certo, vamos destacar aqui que nem escrever ele sabe. Utel? Pessa? Queridinho, acho que você deveria passar menos tempo no Skoob e mais tempo estudando. O grupo dele tem 8 pessoas e mil tópicos, os quais foram criados por ele próprio e respondidos por no máximo 1 pessoa, além dele mesmo. Isso é triste. Tudo bem que o nosso grupo também não é lá grandes coisas, só tem 53 pessoas, mas vamos levar em conta que o Skoob não é lá muito conhecido também... Eis a minha resposta:

"Oi R.J., primeiro de tudo eu queria perguntar quais são os tópicos que você considera inúteis e sem importancia e que, portanto, deveriam ser apagados? Se você apresentar algum motivo cabível nós podemos considerar a possibilidade de apagá-los. Entretanto, a meu ver, nenhum dos tópicos apresenta conteúdo ofensivo ou desrespeitoso. Sendo assim, eu não vejo motivo para apagá-los. Como Giulia disse, não cabe ao moderador instaurar uma ditadura no grupo e só permitir que sejam discutidos aqueles assuntos que considera pertinentes. O grupo é de todos, e, dessa forma, as pessoas devem ter liberdade para expressar suas opininões, falar dos assuntos que desejarem ou até mesmo divulgar o que quiserem, desde que se mantenha sempre o respeito, inclusive por esse motivo você tem total direito de continuar divulgando seu grupo aqui, contanto que de forma respeitosa. Eu tenho grupos criados por mim, e há neles tópicos que eu, particularmente, considero desinteressantes e desnecessários, mas nem por isso eu os apaguei.
É muito bom que você tenha tempo de acessar ao skoob todos os dias, mas, falo por mim e por Giulia, quando digo que a UFRN toma muito tempo e por isso não podemos estar aqui o tempo todo, mas nem por isso nossos grupos estão abandonados.
Também não entendi o que você quis dizer com “grupo maior e mais completo”, só porque tem muitos tópicos? Você poderia criá-los aqui... E, que eu saiba, 53 ainda é maior do que 8... kkkkkk
"

Eu sei, eu sei, EU SEI! Eu estou perdendo meu tempo ligando para uma idiotisse dessas, mas é que PORRA! Eu acho que cara-de-pau tem um limite... Não sei, eu acho realmente que as pessoas desaprenderam a viver em sociedade, ou nunca souberam mesmo. O que custa você ficar na sua e deixar os outros em paz? Tenho pena, sério mesmo...


Oi, como vai você? Sim, sim, assistir aos vídeos do Pecê Siqueira tem sido uma das minhas formas de me divertir ultimamente... os do Felipe Neto também e não posso esquecer dos Improváveis... Provavelmente é porque são coisas rápidas que eu posso assistir entre um trabalho e outro. Por sinal, já posso dizer, feliz da vida (ou não.), que perdi uma noite de sono inteira por causa da faculdade... Sim, isso mesmo, era o Sol nascendo e eu pensando "Merda, merda, merda, MERDA! Não vai dar tempo de terminar a porqueira da maquete!". Posso dizer com segurança para vocês que aquela foi a maquete mais sebosa já feita em toda a história da humanidade, cheia de fita adesiva, coisa se soltando, enfim... Uma gracinha. Fazia tempo que eu não escrevia aqui... provavelmente a unica pessoa que lê esse blog vai dizer: "Porra, para de falar isso! Você diz isso em TODAS as postagens... que saco". E essa pessoa é Alfred, meu amigo e as vezes namorado imaginário, dependendo do caso em questão. Para quem não o conhece, Alfred mora em baixo da minha cama e sempre aparece nas mais diversas situações: desde portas que se abrem sozinhas, até ocasiões em que eu estou sobrando no meio de vários casais. Mas enfim, resolvi escrever por recomendação da minha dentista. PERA, PERA, PERA! Momento UEEEEEEEPA! Como assim sua DENTISTA? Sim, minha dentista. Pelo menos de forma indireta... Tudo bem, ela não disse exatamente "Pare de ser preguiçosa e volte a escrever seu blog.", mas ela disse que eu precisava de uma forma de extravasar minhas emoções. Isso porque eu tenho uma droga de uma doença chamada bruxismo. E o que é bruxismo? É algo que faz você parecer ter dentes de uma pessoa de 40 anos quando você só tem 18. Brincadeira, mas é quase isso. Bruxismo envolve um ragimento de dentes noturno, no estágio mais profundo de sono, do qual você não acorda facilmente e por isso não percebe que está simplesmente triturando seus próprios dentes. O bruxismo, se bem me lembro, pode ter várias causas, no meu caso é emocional. Ou seja, eu guardo as minhas preocupações, frustrações e revoltas só para mim, para depois descarregar nos meus dentes à noite. Sendo assim, eu resolvi vir aqui descarregar todas as bobagens que estão se passando na minha cabeça, pelo bem do meu sorriso, HA!

Pois bem, uma coisa que tem me incomodado bastante foi a futilidade de uma conversa que eu assisti. Sim, assisti porque me recusei a participar de uma leseira dessas. As pessoas estavam discutindo copos. COPOS, cara. Sério que vocês não tem nada melhor para falar? Uma dessas pessoas era a minha mãe, mas mesmo assim pô... Elas estavam conversando sobre os tipos certos de copos para cada tipo de bebida e a forma como eles deveriam ser dispostos na mesa, ai uma coisa leva a outra e daqui a pouco estavam falando de talheres, pratos, regras de etiqueta e blá, blá, blá, blá... A frase premiada foi: "Ah, mas eu vi na televisão que agora pode tudo! Você pode até usar taças coloridas!! Só não sei nada sobre copos de cerveja...". Foi ai que eu me revoltei. É tudo copo, minha gente. Caneca, taça, xícara... Essa porra toda são só variações do conceito de copo. COPO. Copo: "é o objeto feito de vidro, plástico, ou outros materiais, usado geralmente para beber líquidos", já dizia a Wikipedia. Tá aí, não importa se você põe ele na quina ou no meio da mesa, em cima do prato ou da sua cabeça, em fila ou de cabeça pra baixo... Foda-se. Ele continua servindo para a mesma coisa. E outra, eu posso tomar Coca-Cola em uma xícara se eu quiser, e aí? Vai me bater por causa disso? "Ah não, mas veja bem, é que o vinho branco tem que ser servido em uma taça de corpo pequeno e as de vinho tinto em taças de corpo grande, para se apreciar melhor o sabor". Ah sim, sei, fala com minha mão. Não importa o recipiente em que você o coloque, o liquido não vai mudar de gosto, textura, propriedades físicas, químicas, enfim...
Bem, é isso ai... Vocês notaram que eu falei um monte de palavrões aqui, coisa que eu não costumo fazer? Pois é, em parte isso é por causa do meu plano de usar o blog para extravasar e em parte porque eu ando falando mais palavrões ultimamente... Provavelmente por causa dessa vidinha de merda que eu estou levando ao cursar arquitetura. Eu tinho várias outras coisas para falar, infelizmente (ou felizmente, aqui é que nem a Globo, Você Decide!) uma parte eu esqueci e a outra eu estou com preguiça e sono demais para escrever, portanto this is good bye. Não, eu não estava drogada ao escrever esse post, só com muito sono. Sono porque hoje meu dia foi intenso, só que de um jeito bom, para variar. Eu me diverti, acredite se quiser. Fui para a Dança do Ventre, para a Lagoa do Carcará (o Caribe do natalense pobre) e para uma aniversário. Então, por hoje é só pessoal.

...Porque não me conheceu.

Acontecimentos infelizes sempre ocorrem em série.


Tudo leva mais tempo do que todo o tempo que você tem disponível.

Se você perceber que uma coisa pode dar errada de 4 maneiras e conseguir
driblá-las, uma quinta surgirá do nada.


Se você tem alguma coisa há muito tempo, pode jogar fora. Se você jogar
fora alguma coisa que tem há muito tempo, vai precisar dela logo, logo.


Mesmo o objeto mais inanimado tem movimento suficiente para ficar na sua
frente e provocar uma canelada.


Por mais bem feito que seja o seu trabalho, o professor sempre achará onde
criticá-lo.


Você nunca vai pegar engarrafamento ou sinal fechado se saiu cedo demais
para algum lugar.


Cada professor parte do pressuposto de que você não tem mais o que
fazer, senão estudar a matéria dele.


Nunca há horas suficientes em um dia, mas sempre há muitos dias antes do
sábado.



Falando sério, as vezes eu acho que eu tenho alguma coisa que atrai azar. É incrível. Vou contemplá-los com algumas das maravilhas que me aconteceram só hoje:

Acordei às cinco quando só precisava acordar às seis (tudo bem, isso não foi grande coisa, mas já começou mal). Mesmo tendo acordado cedo pra caramba, saio tarde de casa e chego atrasada na faculdade. Lá vejo uma menina que estudou comigo na escola, tento apressar o passo para alcançá-la, viro o pé na escada e quase caio em frente à um bando de gente desconhecida, mas consigo me equilibrar à tempo de evitar o tombo (meu pé fica doendo). Mais tarde, já em sala de aula, sento-me em um banquinho-torturador-de-costas em frente à prancheta de uma amiga. Conversando animadamente com ela, cruzo as duas pernas de forma que elas acabam ficando presas e me impedem de parar meu lento deslizamento para fora do banquinho (tudo bem, consegui me agarrar à prancheta e sai dessa sem maiores danos, mas não sem maiores sustos). Chegando em casa, subo para o meu quarto para tentar dormir um pouco. O maldito telefone toca de meia em meia hora e não me deixa dormir. Começo a assistir televisão, ao meio dia minha mãe me chama para almoçar bem na hora em que Friends está começando. Começo a descer a escada ainda meio grogue de sono e com preguiça, viro o pé, caio de bunda em um batente e bato o braço no corrimão. Fico lá sentada, com dor e com a cabeça ainda girando de sono. Terminado o almoço, subo e vou procurar umas plantas antigas que vou precisar levar amanhã para a faculdade. Surpresa: não consigo encontrar uma das plantas baixas que deveria estar comigo, mas encontro uma perscetiva que deveria ter sido entregue ao professor há duas semanas. Incrível, simplesmente incrível. E aqui estou eu agora, quase inteira. O dia passou, eu adiantei muito pouco dos meus trabalhos e mesmo assim prefiro vir aqui escrever besteira... talvez as coisas que me acontecem sejam castigo ._.

A Lei de Murphy é para todos



EU QUERO PODER OLHAR PRA ONDE EU QUISER!
Eu duvido que eu seja a única pessoa que faz isso. As vezes, eu gosto de simplesmente olhar para as pessoas, sabe? Reparar nos traços do rosto, nas formas e posições do corpo, no modo como a luz se comporta sobre aquela pessoa naquela situação, na forma como o cabelo se movimenta junto com o movimento da pessoa ou como ele fica quando ela está parada em determinada posição. Gosto também de reparar nas roupas, na forma como elas se dobram em certas partes e permanecem esticadas em outras, na forma como se percebe o volume por baixo delas, além de prestar atenção nos variados modelos e estilos não só de roupas como de sapatos. Também gosto de notar como a luz é refletida de formas diferentes nas várias texturas de materiais... De vez em quando (quem me conhece com certeza sabe), eu simplesmente me perco nos meus pensamentos e fico olhando para um ponto fixo. Acontece que as vezes esse ponto fixo é uma pessoa. O que eu acho um saco é que nessa nossa sociedade você não pode simplesmente olhar para alguém sem acharem que você:

a) Está secando a pessoa
b) Está achando a pessoa feia
c) Achou a roupa/o cabelo/o sapato da pessoa de mau gosto
d) Está com inveja da roupa/do cabelo/ do sapato
f) Está querendo puxar briga

Enfim, por que eu não posso simplesmente olhar para a maldita pessoa sem achar nada? Não, ninguém pensa nessa possibilidade! Eu não sei se eu reparo tanto nos outros porque eu gosto de desenhar... mas sei lá, as vezes você nem está olhando mesmo para a pessoa, como eu disse lá em cima. Você está voando e simplesmente calhou de você ficar olhando sem ver naquela direção. Vai ver eu que sou estranha mesmo... eu e minhas revoltas internas sem sentido...

Tá olhando o quê, otário?!?

Aah, como é boa essa sensação de "falsa liberdade"... Todos os trabalhos que eu tenho para entregar são só para o fim do semestre e, como uma boa adepta do "pânico do último minuto", eu vou deixando o tempo passar até que se aproxime inevitável dia em que eu terei de fazer alguma coisa. Você deve estar pensando: você deveria fazer logo e se livrar disso de uma vez. Claro, eu respondo, claro que eu deveria. Mas quem disse que eu consigo? Uma coisa grande e pegajosa se apossa do meu ser e me impele à vagabundagem. Ela se chama preguiça. Sendo assim, ontem, ao invés de fazer meus trabalhos, fui ao cinema com uns amigos da faculdade. Nós assistimos Os Fantasmas de Scrooge em 3D. Hehe 3D é legal, principalmente quando minha mãe está do meu lado se assustando com as coisas que "vem na direção dela" (pena que ontem eu não tive essa diversão). O filme provavelmente é melhor na sua versão original, por isso não vou deixar o fato de a dublagem ser uma droga afetar minha opnião. Antes de assistir pensei: pff, ótimo, maaaaaais uma versão estranha para a história d'Os Fantasmas do Natal. Mas, sabe, o filme até que foi fiel ao livro. Não posso dizer com certeza o que está diferente porque li o livro na falecida quarta série, que Deus a tenha. Apesar de já bastante batida, é uma historinha interessante e que, afinal, ensina uma lição.
Falando em livros e em vagabundagem, há alguns dias atrás eu li Lugar Nenhum (Neverwhere), de Neil Gaiman. Eu só tenho uma palavra para descrever Neil Gaiman: foda. F-O-D-A. Sinto muito pelo palavreado chulo, mas não encontro outra forma de me expressar.

"Dizer que Lugar Nenhum é uma espécie de Alice no País das Maravilhas com uma virada punk não faz justiça ao primeiro romance de Neil Gaiman, mas serve para definir seu tom. Gaiman é mestre na arte de criar e povoar mundos. Em Lugar Nenhum, ele consegue se superar."
Poppy Z. Britte, autora de Plastic Jesus

Sinceramente, não faço idéia de quem seja Poppy Z. Britte, mas com certeza ela tem toda a razão. Com humor e inteligência, Gaiman funde fantasia e realidade ao criar todo um complicado universo localizado sob Londres, chamado Londres Subterrãnea, povoado por monges, condes, assassinos, nobres e dacaídos. O livro originalmente era um seriado de TV, que foi ao ar pela BBC, sendo posteriormente transformado em um romance em prosa por Gaiman. Além de já possuir uma versão em quadrinhos (imagem do início do post), Neverwhere vai ganhar também uma adaptação para o cinema, dirigida por David Slade. Uma das coisas que me chamou bastante a atenção nesse livro foram as riquíssimas referências feitas por Gaiman, indo desde o Marquês de Carabas (O Gato de Botas), com seus coturnos e essência felina até às sedutoras Lâmias.

Agora eu pergunto: vocês sabem o que são Lâmias? Haha, depois de toda essa enrolação, era aqui que eu queria chegar. Quem não gostar de mitologia pode parar por aqui.

As Lâmias são a origem dos nossos velhos conhecidos, os vampiros. Isso mesmo, Edward, você deve muito aos mitos gregos e medievais. Lâmia vem do grego laimos, que siginifica garganta. Imaginava-se que eram mulheres muito bonitas e fantásmagóricas, que devoravam crianças ou que, através de artifícios sexuais, atraíam jovens rapazes à seus leitos, para que então pudessem devorá-los ou sugar-lhes o sangue. Apesar de poderem assumir a forma humana, acreditava-se que após satisfazerem seus objetivos, elas voltavam a sua verdadeira forma de mulher-serpente ou de uma besta quadrúpede e feroz. O Termo Lâmia, na Alta Idade Média, era usado para referir-se à espíritos que voavam à noite, do folclore popular.
De acordo com um mito, Lâmia foi originalmente uma rainha da Líbia, filha de Poseidon e que manteve um caso com Zeus. Hera, movida pelo ciúme, transformou Lâmia em um monstro e matou seus filhos. Condenou-a, ainda, à nunca poder fechar seus olhos para que fosse eternamente aflingida pela imagem de seus filhos mortos. Zeus apiedou-se de Lâmia e deu-lhe o dom da profecia, além da capacidade de tirar e pôr os olhos, para que ela pudesse descansar. Ainda assim, Lâmia sentia inveja das outras mães e por essa razão devorava seus filhos.
Há, ainda, várias curiosidades e versões sobre as Lâmias e eu poderia ficar falando delas aqui por bastante tempo, mas para a sorte de vocês, eu não vou. Eu me interessei por elas porque não foi em Neverwhere a primeira vez que eu vi referências feitas às Lâmias. Na verdade, Gaiman também faz referência a elas em Stardust. Isso mesmo, a bruxa Lilim. Lâmia também aparece em Fome de Viver ou The Hunger. Apesar de não ser citado no filme, e sim no livro (eu só vi o filme, mas me contaram), a personagem principal é na verdade Lâmia. O filme é legal, se você não se incomodar com algumas ceninhas trash. Por fim, os dois quadros aqui mostrados apresentam duas Lâmias. Eles são de John William Waterhouse, um pintor pré-rafaelita, que gostava muito do tema "mitologia". Ambos os quadros são baseados no poema de John Keats:



She was a gordian shape of dazzling hue,
Vermilion-spotted, golden, green, and blue;

Striped like a zebra, freckled like a pard,

Eyed like a peacock, and all crimson barr'd;

And full of silver moons, that, as she breathed,

Dissolv'd, or brighter shone, or interwreathed

Their lustres with the gloomier tapestries--

So rainbow-sided, touch'd with miseries,

She seem'd, at once, some penanced lady elf,

Some demon's mistress, or the demon's self.



Baby você não precisa
De um salão de beleza

Há menos beleza

Num salão de beleza

A sua beleza é bem maior

Do que qualquer beleza

De qualquer salão...

Zeca Baleiro, eu te pergunto: você tem certeza? Eu acho que quando ele escreveu isso não levou algumas coisas em consideração...

Posso dizer com toda a segurança: fui ao salão hoje e me sinto outra pessoa. Sério, andava tão sem tempo que tinha me esquecido de mim. Por que os professores fazem isso, hein? Ou talvez seja eu que definitivamente não sei me organizar... vai saber... Mas é que é muito difícil resistir à tentação de vagabundar quando se tem um tempinho livre, mesmo que você saiba que tem coisas à fazer e que elas vão pesar mais na frente...
Foi num desses momentos de vagabundagem que eu finalmente terminei de ler Mars. Para quem não conhece eu digo: vale a pena. Eu li todo em inglês, parte pela internet e parte eu comprei mesmo (tenho 6). O que eu gostei nessa história é que, apesar de girar em torno do romance entre dois colegiais, ela vai além. Através de personagens cativantes, esta densa história fala dos cantinhos obscuros na mente das pessoas, onde se escondem aqueles sentimentos que você deseja que ninguém veja. Os personagens, mesmo os principais, têm defeitos e medos, eu diria até um "lado feio". E é por isso que eu gostei tanto desse mangá... porque as pessoas reais têm defeitos, inseguranças e segredos, não são como aqueles personagens esteriotipados que costumam aparecer nos quadrinhos. Enfim, aqui está o link do site onde eu li. Para quem se interessar em ler, espero que goste da história tanto quanto eu gostei e aviso: Mars é aquele tipo de leitura que fica na cabeça e em certos momentos te faz refletir. Pelo menos, foi assim para mim...





Eu tento, tento, tento e aparentemente não adianta. Acho que seria mais fácil me deixar alienar de uma vez.

Hoje aconteceu uma coisa no mínimo inesperada. Chego eu à faculdade para a minha aula favorita, História da Arte. O professor, que costumava ser muito simpático comigo e minha amiga (aquele que eu já comentei), parecia meio estranho e eu até comentei isso com ela. Pois bem, ele passou a lista para todos assinarem antes da aula começar e nós assinamos. E ai: Tchanran! SURPRESA! Ele veio apenas para que nós assinassemos a lista de presença, não ia haver aula. E por que não? Parece que ele simplesmente desistiu da nossa turma. Disse que estava cansado de dar aula para pessoas que desprezavam sua matéria, mas que nem raiva da gente sentia, sentia apenas pena por sermos pessoas sem senso crítico, coisa que é essencial à um arquiteto. Disse também que nós ainda estavamos presos ao método de ensino das escolas, que não questionavamos as coisas, que não faziamos perguntas, enfim, disse muitas coisas. Ele disse que existiam algumas pessoas interessadas, sim, mas do jeito que ele generalizou tudo o que falou eu fiquei me sentindo realmente um cocô. E por que? Bom, talvez seja porque eu realmente me esforço para prestar atenção à essa disciplina, talvez seja porque venha realmente tentando aprender coisas novas, conhecer coisas novas, descobrir livros e filmes interessantes para que talvez eu possa desenvolver algum senso crítico. Logo em seguida, vem uma pessoa que eu considero muito inteligente e culta e diz uma coisa dessas. Ou seja? Parece que meu esforço não adiantou muita coisa, ou nada.

Por favor ignorem esse post. Ele não tem nada de interessante, mas eu não estou nem ai. Eu queria falar disso com alguém, mas aparentemente não consigo organizar meus pensamentos para falar, então resolvi escrever.

O apagão acabou...

Pois é ... a CIENTEC acabou. As luzes acenderam e o elevador voltou a se mover (se você não entendeu, leia o post anterior. Talvez você entenda, talvez não). Ando sem tempo para nada e só tenho pensado em trabalhos. Infelizmente. O blog vai continuar abandonado por mais um tempinho até essa avalanche de trabalhos acabar, só estou aqui porque eu prometi à uma amiga que iria postar sobre Os Cavalos de Netuno de Walter Crane.
Eu estou com um monte de material que vai do Gótico até o Romantismo, graças à caridade do professor que disponibilizou tudo no computador da faculdade. Ainda bem que ele fez isso, eu não teria a paciência (nem a capacidade) de juntar tanta coisa.
Enfim, voltando aos "cavalos". O movimento ao qual este quadro pertence é o Simbolismo, que é um estilo que tem profundas raizes no Romantismo. Como vocês devem ter percebido, os cavalos enfurecidos e desenfreados fazem uma analogia com a força incontrlável da "rebentação" das ondas. Não é novidade utilizar cavalos como símbolo de força, mas, na minha opnião, a forma como esse simbolismo foi explorado neste quadro foi bastante original. Crane utilizou o mesmo cavalo em estágios diferentes do galope, em sequência, dando movimento a onda (se não me engano, ele baseou-se em fotografia).A seguir, um detalhe do quadro: percebam como os cavalos lembram a espuma que se forma na crista das ondas.

Rodin, um artista impressionista, afirma em seu livro L'Art [A Arte] (1991): "o artista é verdadeiro e a fotografia mentirosa, pois na realidade o tempo não para". Observe essas fotografias em sequência do galope de um cavalo e depois compare com o quadro de Crane.

Agora eu pergunto: qual deles captou a emoção e a intensidade do galope? Não sei quanto a vocês, mas para mim, o que Rodin falou faz muito sentido. A fotografia capta o cavalo em diversas posições que fazem sentido em sequência, mas, quando isoladas, o animal não parece estar galopando. Está certo que Crane utilizou os cavalos também em sequência, mas isso se deve, no caso, à proposta do quadro de mimetizar uma onda. Se você olhar separadamente os cavalos de Crane, ainda assim, conseguirá perceber que eles estão galopando.

Gostaria de me lembrar de mais coisas sobre o quadro, mas parece que o sono não vai deixar. Perdôem o post mal escrito, mas eu realmente estou capengando aqui (deve ser o remédio para dor de cabeça que eu tomei... bem que na bula avisava sobre uma possível sonolência). Até breve, eu espero.

P.S.: O template novo está passando por uns probleminhas... vamos ver se o site ajeita logo...


É irônico quando se critica algo e esse algo acaba acontecendo com você, não? Estou ficando seriamente preocupada com um possível linchamento contra a minha pessoa.

Acontece que eu sempre critiquei professores que escolhem alunos preferidos e, pior ainda, não tem nem o tato de esconder. Felizmente, devido a minha constante vontade de ser invisível aonde quer que eu vá, odiando se, por alguma razão, o as atenções recaem sobre mim, eu nunca antes fui “a queridinha do professor”. (in)Felizmente eu gosto e me interesso por arte e neste semestre da faculdade encontrei um professor dessa matéria que não só sabe muito do assunto, como também é uma biblioteca humana de filmes e livros. Como compartilhamos dos mesmos interesses, eu e uma amiga fomos pedir dicas de livros e filmes para ele. A partir daí viramos o “trio best friend”, como disse uma colega de sala. E é isso mesmo que me preocupa. Por alguma razão que foge ao meu entendimento, aquele homem me chamou de “intelectual barra-pesada” (Grande pausa aqui para uma gargalhada: hAUHauhauHUAhuAHUAhuHAUHauhaUHAu) e agora adotou a mim e a minha amiga como suas queridinhas. Posso dizer, com toda certeza, que, apesar de me interessar sobre esses assuntos, sei muito pouco e estou anos-luz longe de ser uma intelectual (quanto mais barra-pesada). Sinceramente, eu gosto desse professor e fico feliz de ter alguém que me dê boas indicações, mas é realmente desconfortável ver a diferença de tratamento dele para com os alunos. E eu acho que as outras pessoas também não estão gostando, o que nos leva a questão do linchamento.


Agora, deixemos meus exageros de lado.


Hoje eu estava assistindo vídeos da série Power of Art, da BBC. Resumindo minhas impressões sobre o que eu vi: Caravaggio era um ser barroco dividido entre sua fé e seu instinto violento, Bernini se achava o último biscoito do pacote (bem, não podemos negar que ele tinha motivos...), o pobre Van Gogh era um incompreendido com uma vocação para a loucura e Rembrandt... bem, ainda não terminei de ver esse. Engraçado que foi um dos quadros, justamente, de Rembrandt que me chamou a atenção. O quadro é
Sansão e Dalila, a imagem do começo do post. Não me proponho aqui a analisar a obra em seus aspectos técnicos, até porque não me julgo qualificada para tanto. O que acontece é que minha cabeça e suas idéias de girico acabaram fazendo uma associação entre quadro e a música Samson de Regina Spektor. Eis o porque da minha associação (i)lógica: Os artistas costumavam retratar Sansão como um ser musculoso e nu, exaurido após ter relações sexuais com Dalila. Rembrandt por sua vez, o retrata vestido e mesmo assim consegue deixa-lo com uma aparência mais frágil e vulnerável, ao contrário do que se poderia pensar. A energia da pintura se concentra no laço que une Sansão a sua amada traidora e ao seu destino eminente. Dalila, por sua vez, ergue um dos cachos de Sansão, pronta para cortá-lo. Ao mesmo tempo, com a outra mão, acaricia de forma preguiçosa o cabelo do homem adormecido. Foi justamente este gesto que me fez lembrar a música.

You are my sweetest downfall / I loved you first / Beneath the stars came falling on our heads / But they're just old light / Your hair was long when we first met / Samson came to my bed / Told me that my hair was red / Told me I was beautiful and / Came into my bed / Oh I cut his hair myself one night / A pair of dull scissors in the yellow light / And he told me that I'd done alright / And kissed me till the morning light

A seguir está a música, para quem se interessar:



Eu sempre gostei da história de Sansão e Dalila (não que isso venha ao caso, mas minha cachorra se chama Dalila) e nunca engoli muito bem essa coisa de Dalila ser uma traidora totalmente desalmada. Para mim ela realmente amava Sansão. Não sei, talvez seja porque eu fico triste pensando no pobre iludido Sansão... enfim, onde eu quero chegar com tudo isso é que tanto o quadro quanto a música me deram a impressão de que realmente existia amor e que de alguma forma a história foi mal contada...

Esses, claro, são apenas devaneios de uma pessoa desocupada (nem tanto) que não tem base nenhuma para afirmar o que disse. O que prova que eu não sou intelectual.